quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Nostalgia?

Dizem, para cada momento sempre há uma música que nos acompanha. Um dia me deparei com uma música que não escutava há pelo menos seis meses. Eis que quando ela começou a mostrar seus primeiros acordes, bateu uma sensação estranha, um vazio, uma estranheza, um reconhecimento, ou apenas nostalgia. Nostalgia, nostalgia, mesmo, não poderia ser; não era exatamente um bom sentimento de recordação, mas algo que eu reconhecia, que realmente havia sentido há seis meses. O momento que vive acendeu na minha mente e o que eu pensava antes estava lá, entregue a mim; o que eu sentia, com o que me preocupava e, logo, o que eu escutava para sarar esses sentimentos ruins.
Entre a música e a minha mente, o que restou mesmo foi aquela sensação, que estará sempre presa na memória quando eu voltar a escutar. Posso esquecer, posso fugir, mas um dia, quando a música começar a tocar eu vou lembrar de tudo que senti. Essas músicas que revelam segredos esquecidos, entregam o jogo logo de cara e me fazem perder o chão porque rememoram momentos e sentimentos que eu me recuso a lembrar. Se isso é bom, bem, não sei. Só percebo a estranheza que é reconhecer uma sensação com canções que ouvi um dia, na inocência, achando que iria me curar do mal que me atingia em determinada época. Mas o que eu não sabia era do fardo de guardar o sentimento em uma música. O mal de fazer isso é tê-la sempre presente, pronta para acordar no primeiro soar da melodia...